Notícia: AMO é benenficiada por programa da Petrobras

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Novo Hamburgo sábado, 15 de janeiro de 2011 - 11h00

AMO é beneficiada por programa da Petrobras.

Associação é voltada para o atendimento integral às crianças e adolescentes com câncer.
Caroline Tatsch/ Da Redação - Jornal NH


A Associação de Assistência ao Menor em Oncologia (AMO), de Novo Hamburgo, foi uma das beneficiadas pelo Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania. Entre mais de 5.183 propostas, 2.939 foram selecionadas, resultando um total de 113 projetos contemplados, entre eles o Projeto de Terapia Assistida por Animais (TAA), Oficina de Flauta e Violão e Cuidando de Quem Cuida, da AMO. O presidente da Amo, Valdir Marques de Souza e a gerente administrativa, Carla Rosana da Silva, explicam que, por dois anos, receberão apoio da Petrobras a cada necessidade da entidade para esses projetos. "É uma ajuda de muita importância para nossas crianças", afirma. Quem está feliz com a TAA é Lucas Peres, 7 anos, e Mateus Rocha, 11 anos que brincam com a cadela Banana, assistida por psicólogas e fisioterapeuta. "Adoro correr e brincar com ela", afirma Lucas. AMO é uma associação voltada para o atendimento integral às crianças e adolescentes com câncer. Contatos: (51) 3582-4800 ou www.amocrianca.com.br.
OS PROJETOS:
Terapia Assistida por Animais atenderá cinco crianças na AMO e uma vez por semana elas terão contato com a cadela Banana para desenvolver a coordenação motora e o bem estar com a convivência com os animais
A Oficina Violão e Flauta ainda está em desenvolvimento, mas com previsão de início para fevereiro. Serão aulas de músicas para a criançada, pacientes da entidade
Cuidando de Quem Cuida é um atendimento para pais e cuidadores das crianças portadoras de câncer. É um apoio emocional e orientação com palestras

Foto: Caroline Tatsch/GES-Especial
Tags/ palavras-chave:Novo Hamburgo, câncer, aulas, adolescentes, propostas, pais

::A Fisioterapia na TAA como recurso terapêutico no Câncer Infantil::

Com os avanços no tratamento, conferindo maior sobrevida, e o acompanhamento em longo prazo dos pacientes, tem-se observado os efeitos posteriores ao período de tratamento do câncer pediátrico. Muitos efeitos tardios estão vinculados ao próprio tratamento, seja este realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Sabe-se que o paciente deve ser acompanhado durante a adolescência até a vida adulta após passar pelo processo de tratamento de neoplasia infantil, pois este seguirá em desenvolvimento psíquico e físico. Assim, acredita-se que a fisioterapia seja, em algumas situações, essencial neste acompanhamento, conferindo maior qualidade de vida e auxiliando no tratamento das seqüelas do câncer infantil ou do seu tratamento clínico.
Uma das formas encontradas para estimular estes pacientes na realização de atividades terapêuticas é a terapia assistida por animais (TAA). Este tipo de intervenção tem sido amplamente difundido em todo o mundo e passa agora a ser estruturado como proposta de atendimento em hospitais, clínicas e centros de tratamento de diversas patologias.
Sabe-se que a execução da fisioterapia mediada por animais, não substitui a fisioterapia convencional. No entanto, a presença do animal na sessão parece melhorar a adesão e reduzir a resistência ao tratamento, proporcionando sensação de bem-estar e prazer contribuindo para a realização dos exercícios propostos. Além disso, o animal proporciona maior interação entre os pacientes e destes com o fisioterapeuta.
Penso que a reabilitação física no ponto de vista da TAA é um processo de integração de funções perdidas no adoecimento ou no tratamento do câncer, facilitando a inserção do indivíduo em atividades de vida diária e restaurando sua qualidade de vida. Além disso, a Fisioterapia no grupo de Terapia Assistida por Animais propõem a inclusão do indivíduo no grupo terapêutico e a realização de tarefas e atividades que resultarão na potencialização de habilidades individuais.
Outro aspecto relevante é a participação do cão no atendimento como agente externo e vivo que possibilita a integração das funções motoras com os aspectos emocionais. O contexto de relação entre criança e animal, favorece esta ligação interna da criança ao seu corpo.
Todos os movimentos e estímulos, quando focados na relação com o animal, facilitam o processo de reabilitação, socialização e desenvolvimento motor. O animal passa a ser uma figura que gera referência de movimento, postura e linguagem. Conforme o vínculo entre criança e cão é estabelecido, passa também a existir uma comunicação entre eles que se dá através da linguagem e da leitura corporal de ambos.
Além dos benefícios já citados, a literatura aponta que a TAA também pode possibilitar a prática exercícios e de estímulos variados relativos à mobilidade, estabilizar a pressão arterial, promover reações químicas positivas, gerar a sensação de bem estar, afastar o indivíduo do estado de dor e encorajar as funções físicas e da fala.
Thayana Dellagustin
Fisioterapeuta
Especialista em Fisioterapia Pediátrica (Hosp. Moinhos de Vento - POA)

O cão e o adestramento na TAA

Por Edgar Soares - Adestrador



Um cão terapeuta deve ser um cão vivaz, obediente, calmo, equilibrado e de fácil convívio. Neste sentido o cão deve ser orientado na busca deste equilíbrio: deixando-se manusear, escovar, passear, acariciar, etc.
Deve-se ressaltar que tudo isto não tem validade se o cão não trabalhar de forma espontânea (respeito não se impõe, se conquista).
Quanto ao adestramento, faz-se necessário, para que o cão tenha limites e saiba em que momento e no que deve intervir.
O adestrador de um cão terapeuta não pode limitar-se a comandos determinados, deve acompanhar a equipe para avaliar as reações CÃO-EQUIPE-GRUPO ( se nesta via de vários sentidos todos estão se entendendo, interferindo quando necessário e corrigindo uma reação incorreta).

Saiba Mais sobre a TAA - Terapia Assistida por Animais

A prática da terapia assistida por animais (TAA) tem se tornado mais conhecida e aceita por profissionais da área da saúde e por leigos. A importância da relação homem animal e o bem estar extraído dessa convivência se estendem hoje para práticas terapêuticas. Sabe-se que este tipo de terapia traz inúmeros benefícios tanto em nível físico, emocional e educacional. A base da construção da relação terapêutica está no relacionamento entre homens e animais. Esta interação se dá de modo informal, com animais de companhia e seus proprietários. O diferencial que caracteriza a relação sob o ponto de vista terapêutico, é que esta se constrói intermediada por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais da área da saúde humana, animal e da educação, dentro de um planejamento direcionado para cada situação e objetivos.
Na TAA, há objetivos a serem atingidos e, para isso, profissionais habilitados para tais fins.Os objetivos podem ser tanto físicos quanto emocionais. Os objetivos físicos são mais evidentes, como a utilização do animal para promover uma maior movimentação de uma pessoa com dificuldade motora, como acariciar o animal, jogar bola, passar a mão ou pé no animal, etc. Já os efeitos emocionais são mais sutis. Muitas vezes eles são percebidos pela simples presença do animal, como uma mudança de humor espontânea e genuína. Ou seja, a TAA também atua na melhora da comunicação e interação com outras pessoas. É possível observar uma crescente melhora tanto em aspectos físicos quanto emocionais, na medida em que as pessoas recebem as visitas periódicas desses animais e técnicos.